1 – Aonde vais pela alta noite adentro? – Encontrar-me com quem me é vida e morte. – E não tens medo de sair tão só? – Sozinha? Eu? Se vai comigo o amor! *
2 Eu disse "Deixa-me em paz", a atormentá-lo de amor. Levantou-se o meu amado, e foi-se embora enfadado. Que jeito com os homens ter? Tão duro, sem coração, e eu ardo em baixos desejos do falso ardor dos seus beijos. Minha amiga, que fazer? *
3 Ao ver sua boca ao pé da minha boca, desviei o olhar. E as mãos pus nos ouvidos, quando as palavras dele retiniam. Também escondi com as mãos o suor de enleio que a fronte me perlava. Tentei tudo. Mas que fazer, quando senti que as vestes por si caíam por meu corpo abaixo? *
4 Esmagados no abraço os seios dela, a pele tremia-lhe, e entre as suas ancas do amor a seiva oleosa transbordou. "Não, meu querido, outra vez... não... oh, deixa-me descansar", pedia num suspiro. E dorme? Ou morre? Ou se desvaneceu dentro em meu peito? Ou não é mais que um sonho?
Fonte: Poesia de 26 Séculos. Tradução de Jorge de Sena. Porto, Ed. Inova, 1971.
Se você remover pedra por pedra até mesmo uma montanha será demolida. Provérbio Hindu
Aquele que tem Olhos para ver Ouvidos para escutar Coração para sentir Razão para compreender Saberá plenamente viver...
Quem é esta mulher, a sempre triste, que vive no meu coração? Quis conquistá-la mas não consegui.
Adornei-a com grinaldas e cantei em seu louvor... Por um momento bailou o sorriso no seu rosto, mas logo se desvaneceu.
E disse-me cheia de pena: — A minha alegria não está em ti.
Comprei-lhe argolas preciosas, abanei-a com leques recamados de diamantes, deitei-a em cama de oiro ... Bateu as pálpebras como um relâmpago de alegria que logo se apagou.
E disse-me cheia de pena: — Não está nessas coisas a minha alegria.
Sentei-a num carro de triunfo, e passeei-a por toda a terra. Milhares de corações conquistados caíram humildes a seus pés, e as aclamações reboaram pelo céu... Durante um momento brilhou o orgulho nos seus olhos, mas logo se desfez em lágrimas.
E disse cheia de pena: — Não está na vitória a minha alegria..
Perguntei-lhe: — Que queres então? Respondeu-me: — Espero alguém que não sei como se chama. Depois calou-se.
E passa os dias a dizer cheia de pena: — Quando virá o amado desconhecido? Quando o conhecerei para sempre?
Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera" Tradução de Manuel Simões
Os Mudrás são gestos simbólicos feito com as mãos, significando, literalmente, gesto, selo, senha ou chave. Provém da raiz mud, alegrar-se, gostar. Deve ser pronunciado sempre com o “a” tônico, e é palavra do gênero masculino (O Mudrá).
O Mudra no budismo está sempre relacionado a um Mantra e um Mandala. Juntos eles formam os três segredos do universo, pensamento, verbo e ação (jap. Sanmitsu).
Esta mesma lua ilumina a minha amada O vento acariciou já o seu rosto A lua impregnou-se da sua beleza E o vento do seu perfume
Quem ama de verdade pouco lhe basta Para suportar a separação Que ela e eu respiremos o mesmo ar E que os nossos pés pisem o mesmo chão...
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Ó mulher, não és apenas a obra-prima de Deus,
mas também a dos homens. Estes te enfeitam com a beleza do seu coração. Os poetas tecem os teus véus com os fios de ouro da sua fantasia; os pintores imortalizam a forma de teu corpo. Dá suas pérolas o mar, as minas dão seu ouro, dão suas flores os jardins estivais - para que sejas mais linda e mais preciosa. O desejo do homem coroa de glória tua mocidade. És metade mulher, metade sonho.
Tagore
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segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Aquele que busca a verdade e obedece à lei do amor não pode estar preocupado com o amanhã
Gandhi
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"Quando vocês discutirem, não deixem que
seus corações se afastem, não digam palavras
que os distanciem mais, pois chegará um dia em
que a distância será tanta que não mais
encontrarão o caminho de volta".
(Mahatma Gandhi)
Embora não tenham limites as minhas conquistas para mim há apenas uma cidade e nessa cidade um palácio e nesse palácio um quarto e nesse quarto uma cama e nessa cama uma mulher adormecida a jóia mais valiosa de toda a minha coroa
Anónimo, Índia, In O vinho e as rosas Trad. de Jorge Sousa Braga
Jana gana mana adhinayak jay he Bharat bhagya vidhata Punjab Sindh Gujarat Maratha Dravid Utkal Vang Vindhya Himachal Yamuna Ganga uchhal jaldhitarang Tava shubhaname jage, tava shubha ashish mage Gaye tava jay gatha Jana gana mangal dayak jay he Bharat bhagya vidhata Jay he, jay he, jay he Jay jay jay, jay he.