sexta-feira, 19 de setembro de 2008

terça-feira, 9 de setembro de 2008

















"Grande desconhecido!
Ah o canto dolorido
da tua flauta chamando!
Esqueço, esqueço sempre que não tenho
o corcel alado.
Não consigo encontrar o sossego,
sou um estrangeiro
em meu próprio coração.
Nas brumas batidas de sol das horas lânguidas que imensa visão
de ti me aparece contra o azul do céu!

Grande irreconhecível!

Ah! o canto dolorido da tua flauta chamando!
Esqueço, esqueço sempre que na casa em que habito sozinho,
todas as grades estão fechadas."

Tagore

Minha canção ~























Minha canção te envolverá com sua música, como os abraços sublimes do amor. Tocará o teu rosto como um beijo de graças. Quando estiveres só, se sentará a teu lado e te falará ao ouvido. Minha canção será como asas para os teus sonhos e elevará teu coração até o infinito. Quando a noite escurecer o teu caminho, minha canção brilhará sobre ti como a estrela fiel. Se fixará nos teus lindos olhos e guiará teu olhar até a alma das coisas. Quando minha voz se calar para sempre, minha canção te seguirá em teus pensamentos.

Rabindranath Tagore

~ Aforismos ~




















Como as gaivotas e as ondas se encontram, nos encontramos e nos unimos. Vão-se as gaivotas voando, vão pairando sobre as ondas; e nós também vamos. Se de noite choras pelo sol, não verás as estrelas. A luz do sol me saúda sorrindo. A chuva, sua irmã triste, me fala ao coração. Se faço sombra em meu caminho, é porque há uma lâmpada em mim que ainda não foi acesa. Teu sol sorri nos dias de inverno de meu coração, e não duvido jamais das flores de tua primavera. Quando o dia cai, a noite o beija e lhe diz ao ouvido: 'Sou tua mãe a morte, e te hei de dar nova vida'. O mistério da vida é tão grande como a sombra na noite. A ilusão da sabedoria é como a névoa do amanhecer. Lemos mal o mundo, e dizemos logo que nos engana. A borboleta conta momentos e não meses, e tem tempo de sobra. Quando eu estiver contigo no fim do dia, poderás ver as minhas cicatrizes, e então saberás que eu me feri e também me curei. Cada criança nos chega com uma mensagem de que Deus ainda não se esqueceu dos homens. Elogios me acanham, mas secretamente imploro por eles.


Rabindranath Tagore

Por que as pessoas gritam?






Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:
Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?
Gritamos porque perdemos a calma, disse um deles.
Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?
Questionou novamente o pensador.
Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça, retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar:
Então não é possível falar-lhe em voz baixa?
Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.
Então ele esclareceu:
Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecida?
O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito.
Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente.
Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro,
através da grande distância.
Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas?
Elas não gritam.
Falam suavemente.
E por quê?
Porque seus corações estão muito perto.
A distância entre elas é pequena.
Ás vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram.
E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham,
e basta.
Seus corações se entendem.
É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.
Por fim, o pensador conclui, dizendo:
"Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta
que não mais encontrarão o caminho de volta"


Mahatma Gandhi

sábado, 6 de setembro de 2008

Cantar me enlouquece






















Quando me ordenas cantar, parece que o meu coração vai arrebentar-se...
Pensei que poderia te pedir a grinalda de flores que levas no pescoço...
Essa que ficou sempre na profundidade do meu ser...
A minha libertação...
Daqui por diante eu me expressarei em sussurros...
Cantar me enlouquece...
Quando me ordenas cantar,
parece que o meu coração vai arrebentar-se
de orgulho. Então contemplo a tua face e as
lágrimas me vêm aos olhos.

Tudo o que é duro e dissonante em
minha vida se dissolve em única e doce
harmonia, e a minha adoração abre as
suas asas, como um pássaro alegre voando
sobre o mar.

Sei que tens prazer no meu canto.
Sei que posso chegar à tua presença apenas
como um cantor.

Com a ponta da asa imensamente
aberta do meu canto eu roço os teus pés,
que eu jamais poderia querer alcançar...

Rabindranath Tagore (tradução Ivo Storniolo)






















Para os antigos indianos, as aves a voar alto no céu eram uma fonte de inspiração. Associavam-nas muitas vezes com o sol. Com o desenvolvimento do hinduísmo, o poder do sol foi representado por um ser mitológico meio homem, meio ave, chamado Garuda. Milhares de anos depois, alguns imperadores mulçumanos da Índia se interessaram tanto por aves que mandavam buscar as variedades incomuns das terras distantes e determinavam aos seus pintores e escultores que as reproduzissem com realismo.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Sitar


















O sitar é uma espécie de guitarra com 20 cordas e transmite um som bastante bonito e harmonioso.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008





















O amor é um mistério sem fim, já que não há nada que o explique.
(Rabindranath Tagore)

Literatura indiana







































A tradição literária indiana é principalmente poética e essencialmente oral. Seus autores são, freqüentemente, desconhecidos. Por esta razão, torna-se difícil estabelecer a história da literatura indiana.

Grande parte da literatura tradicional inspira-se na tradição sânscrita, como também nos textos budistas e jainistas escritos em pali e outras línguas prácritas (dialetos medievais do sânscrito). Isto é válido tanto para a literatura dravídica, como para a literatura escrita nas línguas indo-européias do norte. A influência das culturas islâmica e persa é maior na literatura escrita em urdu, embora em outras literaturas também se possa observar tendências islâmicas.

Entre os séculos II e V foram escritos grandes romances em verso, também chamados epopéias: Cilappatikaram (O bracelete de ouro) de Ilanko Atikal e em seguida Manimekalai (O cinturão de pedras preciosas), uma obra budista escrita por Cattanar.

Até 1500 a maior parte da produção literária indiana era formada por traduções de histórias extraídas das epopéias em sânscrito, os puranas. Muitas das versões do Ramayana - O Mahabharata e Bhagavata-Purana - datam deste período.
A literatura medieval aborda também outros temas, como os Caryapadas, versos tântricos do século XII (ver Tantra) que relatam o ensino e a proeza do fundador da seita mahanubhava. As primeiras obras em língua kannada (a partir do século X) e em língua gujarati (a partir do século XIII) são romances jainistas.

Outros exemplos literários distanciados destas tendências sectárias são os relatos heróicos e de cavalaria em língua rajasthani, como o poema épico do século XII Prithviraja-râsau, de Chand Bardâi de Lahore.

Posteriormente, desenvolveram-se outras literaturas religiosas associadas a filosofias e seitas regionais: os textos tântricos que mais tarde deram origem a gêneros como o mangala-kavya (poesia de um acontecimento ressagiado) de Bengala. Esta poesia era dirigida a divinidades como Manasa (a deusa serpente), forma local da principal divindade feminina chamada Devi.

A principal influência para a literatura indiana posterior foi o culto a Krishna e Rama escritos nas línguas nacionais. A história de Krishna desenvolveu-se em sânscrito a partir do Mahabharata e através do Bhagavata-Purana até o poema composto no século XII por Jaydev, Gitagovinda (O canto do vaqueiro). Em torno de 1400, surge uma série de poemas de amor, escritos pelo poeta Viyapati, que influenciou de maneira decisiva o culto a Radha-Krishna praticado em Bengala, além de toda a literatura erótico-religiosa associada a ela.

Nos últimos 150 anos, a literatura indiana foi registrada nas principais quinze línguas do país, incluindo o inglês e o bengalí, esta última oferecendo uma das literaturas mais ricas da India. Um de seus principais representantes é Rabindranath Tagore, o primeiro escritor indiano a receber o prêmio Nobel de Literatura (1913).

Na poesia, destaca-se o líder e filósofo islâmico sir Muhammad Iqbal, escrita originalmente em urdu e persa. A autobiografia de Mohandas K. Gandhi, Minhas experiências com a verdade, escrita originalmente em gujarati entre 1927 e 1929 é, hoje, considerada um clássico.

Entre os escritores de língua inglesa cabe citar Mulk Raj Anand, autor de romances de protesto social e R.K. Narayan, que escreveu romances e relatos sobre a vida rural. Entre os escritores mais jovens da Índiamoderna destacam-se Anita Desai e Ved Mehta.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

JANA-GANA-MANA

Hino Nacional da Índia

HINO NACIONAL
(Índia National Anthem)


JANA-GANA-MANA
(Transliteração latina)

Letra e Música: Rabindranath Tagore (1861-1941)
Composição: 1911 Adoção: 1950

Jana Gana Mana foi cantado pela primeira vez em 27 de Dezembro de 1911, em Calcutá, na sessão do Congresso Nacional Indiano.

Jana-gana-mana-adhinayaka, jaya he
Bharata-bhagya-vidhata
Punjab-Sindhu-Gujarata-Maratha-
Dravida-Utkala-Banga
Vindhya-Himachala-Yamuna-Ganga
Uchchala-Jaladhi-taranga
Tava shubha name jage
Tava shubha ashish maange
Gahe tava jaya-gatha
Jana-gana-mangala-dayaka jaya he
Bharata-bhagya-vidhata
Jaya he, jaya he, jaya he
Jaya jaya jaya, jaya he!




Tradução:


Sois o governador das mentes de todas as pessoas,
preparador do destino da Índia.
Vosso nome inflama os corações do Punjab, Sindh,
Gujarat e Maratha,
De Dravida e Orissa e Bengala;
Ecoa nas colinas de Vindhya e do Himalaia,
mescla-se na música de Jamuna e do Ganges e é
entoada pelas ondas do oceano Índico.
Eles oram por vossas bençãos e cantam em vosso louvor.
A salvação de todas as pessoas espera em vossa mão,
vós, preparador do destino da Índia.
Vitória, vitória, vitória a vós.

Frases de Rabindranath Tagore


























Compreendemos mal o mundo e depois dizemos que ele nos decepciona.



Onde o espírito não teme, a fronte não se curva.


Há triunfos que só se obtêm pelo preço da alma, mas a alma é mais preciosa que qualquer triunfo.


Não podes ver o que és. O que vês é a tua sombra.


Quanto maiores somos em humildade, tanto mais próximos estamos da grandeza.


Nem por crescer em poder chegará o falso a ser verdadeiro.


O trabalho só nos cansa, se não nos dedicarmos a ele com alegria.


Se de noite chorares pelo sol, não verás as estrelas.


O amor é um mistério sem fim, já que não há nada que o explique.


O poder infinito de Deus não está na tempestade, mas na brisa.


Formosura, procura encontrar-te no amor, não na adulação do espelho.


A noite abre as flores em segredo e deixa que o dia receba os agradecimentos


Cada criança ao nascer, nos trás a mensagem de que Deus
não perdeu as esperanças nos homens.

Flor de Lótus





O poder infinito de Deus não está na tempestade, mas na brisa.

Rabindranath Tagore

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Rabindranath Tagore



























Escritor indiano, nasceu em Calcutá em 1861 e morreu em Bengala em 1941. Depois de educação tradicional na Índia, completou a formação na Inglaterra entre os anos de 1878 e 1880. Começou sua carreira poética com volumes de versos em língua bengali. Em 1931, recebeu o prêmio Nobel de literatura. Desde então, traduziu seus livros para o inglês, a fim de lhes garantir maior difusão. Em suas poesias, Tagore, oferece ao mundo uma mensagem humanitária e universalista. Seu mais famoso volume de poesias é Gitãñjali (Oferenda poética). Fundou, em 1901, uma escola de filosofia em Santiniketan, que, em 1921, foi transformada em universidade.

Símbolos da Índia

Além do famoso Taj Mahal, símbolo do turismo na Índia e uma das Maravilhas do Mundo, o país têm os seguintes símbolos nacionais:




Bandeira – Tricolor com faixas de igual proporção, ao centro aparece a roda azul da esquadra marinha, que representa o “chakra”. A Bandeira Nacional foi adotada em 22/07/1947 – Dia da Independência.





Brasão – O emblema do Estado é uma adaptação de Sarnath Lion, capital do antigo Reino de Ashoka. Adotado pelo Governo da Índia em 26/01/1950 – Dia da República, a roda aparece em relevo no centro do topo da coluna clássica (abacus), com um boi à direita e um cavalo galopando à esquerda. As palavras “Satyameva Jayate”, de Mundaka Upanishad, significam “Só a Verdade Triunfa” (lema do país) e estão grafadas abaixo do abacus, em inscrição Devanagari...



Flor – Lótus (Nelumbo Nucipera Gaertn?) é uma flor sagrada e ocupa uma posição única na arte e mitologia da antiga Índia.






Pássaro – O pavão-indiano (macho), em inglês Blue Indian Peacock, Indian Peafowl ou Peacock (Pavo cristatus) é a ave nacional da Índia. Existe também na variedade branca ou albina. Chama-se de pavão às aves dos gêneros “Pavo” (Linnaeus, 1758) e “Afropavo”, da família dos faisões (Phasianidae). Existe apenas uma espécie do gênero Afropavo, cujo nome científico é Afropavo congolensis.



Já do gênero Pavo existem duas espécies: o pavão-indiano (Pavo cristatus), encontrado no leste do Paquistão, Índia e Sri Lanka, e o pavão-verde, Green Peafowl (Pavo muticus), encontrado no sudeste da Ásia, em terras do Mianmar, Laos e em ilhas de Java e da Indonésia. A fotografia abaixo (lado esquerdo) mostra um pavão-indiano no Parque das Aves, em Foz do Iguaçu – Paraná (by Sérgio Sakall, 12/02).

India – Indie – Indien – Indore



































ÁREA: 3.287.782 km²
CAPITAL DA ÍNDIA: Nova Délhi
POPULAÇÃO: 1,080 bilhão (estimativa 2005)
MOEDA DA ÍNDIA: rúpia indiana
NOME OFICIAL: República da Índia (Bharat Juktarashtra).
NACIONALIDADE: indiana
DATA NACIONAL: 26 de janeiro (Proclamação da República); 15 de agosto (Independência); 2 de outubro (aniversário de Gandhi).

IDIOMAS: hindi (oficial), línguas regionais (principais: telugu, bengali, marati, tâmil, urdu, gujarati).

RELIGIÃO: hinduísmo 80,3%, islamismo 11% (sunitas 8,2%, xiitas 2,8%), cristianismo 3,8% (católicos 1,7%, protestantes 1,9%, ortodoxos 0,2%), sikhismo 2%, budismo 0,7%, jainismo 0,5%, outras 1,7% (em 1991).

Os Faquires






























O primeiro relato sobre esta prática chegou ao Ocidente em 1691, pelo médico holandês Dopper, depois de retornar de sua viagem à Índia. Como era de se esperar, foi ridicularizado. Meio século depois, um missionário francês chamado Calmette voltou com uma história parecida com a do médico, despertando então a curiosidade dos europeus pelo que mais tarde viria a ser chamado de faquirismo.

Quase todas as seitas religiosas indianas possuem seu "faquir", ou gaswami, bawa, sadhu etc. Essas pessoas possuem a capacidade de andar sobre brasas, deitar em camas de prego, atravessar o corpo com longas agulhas, reduzir o batimento cardíaco e interromper (pelo menos aparentemente) o batimento cardíaco.

Segundo os iogues (praticantes de ioga), essas pessoas são capazes de controlar a respiração, os músculos e a vontade. Dominando o corpo, chega-se então à contemplação. Tudo isso seguindo o caminho da meditação. Segundo estas pessoas, a superação da dor física é o caminho para algo muito maior, a libertação espiritual.

Através da prática da meditação, essas pessoas conseguem também realizar o que é chamado de levitação. Utilizando-se desta prática, eles conseguem aumentar seu nível vibratório e por conseguinte "diminuir sua massa", tornando-se mais "leves", possibilitando a levitação.

Se tudo é energia, e massa é energia mais densa, condensada, então é muito provável que realmente exista um meio de reduzir nossa massa corpórea ou "vibrar nossas moléculas" de tal forma que nos torne mais leves.

É interessante notar que a maioria das religiões orientais conhecem e se utilizam da pratica da meditação.

Uma coisa é certa: há muito que não entendemos – o que não significa que o que não compreendemos não seja possível.